segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Em Órbita

As palavras, ao contrário do que muita gente pensa, tem vida sim! E eu diria que elas são como planetas que pouco se conhece, mas que possuem informações importantes que desvendaremos um dia...

Palavras possuem suas órbitas, organizando-as no tempo e no espaço, o que torna inevitável não falarmos da sua energia. Energia essa, que se transforma literalmente nas minhas músicas. Parece que quando eu as reorganizo em forma de verso, mudo o equilíbrio das coisas, surgindo à lei que rege meu processo de composição: ao fazer uma música, inexplicavelmente ganho um desafeto.

Foi sempre assim, desde os primórdios. Com a primeira música, com a primeira declaração em forma de música, e vejam bem, as letras falam de amor. Eu sei que dizem que falar de amor não é amar, mas mesmo assim ainda não vi essa regra ser quebrada, o que explica o fato do ano de 2008 eu só ter feito 3 músicas, fiz 3 músicas semana passada... Não me refiro a qualidade, mas  ao medo de escrever por conta disso.

Pensei, a culpa é do lirismo! Não vou falar mais de sentimentos... Surgem músicas como: Coração de Pimenta, É problema seu, Rock do Fusca, Dona Flor e, por último, Madame Morgana. Eu logo disse: agora vai, acabou o que era piegas, não tem mais motivos para o sobrenatural agir (kkk), até porque dificilmente farei músicas novamente tão boas quanto essas tenho que me conformar... Logo, aproveito ao máximo todas elas.

O detalhe, é que todas elas falam de personagens, alguns fictícios, outros bem reais. Que nada, tudo mentira! Essa é a teoria. Todos são reais e provocaram as mesmas reações das músicas que por tempos compus. E o mais estranho foi saber que os personagens, na maioria dos casos, resumiam a mim mesmo, de certa forma... Porque eu sei do baixo apelo popular das minhas músicas, então, por mais que sejam direcionadas a terceiros, elas remetem sempre a minha pessoa... O resultado é que nunca vi uma fase tão negativa quanto nos últimos tempos. Olha a energia se transformando, e o que é pior, se renovando no sentido inverso.

Tá bom, eu preciso de calma eu sei... Mas isso só será possível quando eu descobrir uma forma de vida em que a harmonia predomine, onde eu não incomode as palavras, mas a minha mente não se escreve mais em linha reta.

Um comentário:

  1. depois de ler esse seu post vou escutar de novo algumas de suas musicas ke tenho aki e terminar de baixar o resto, vou escutar pensando em algumas coisas que vc disse aki e depois volto com uma opinião que já está quase formada na cachola.ok!

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