terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Ei, o conformismo mata viu!



O ser humano vide descobertas, o problema é que nem sempre ou na maioria das vezes ele esta preparado para vivenciá-las. Poucos são aqueles que possuem a destreza de elaborar diretrizes de como procede nesse novo universo. Estas pessoas, são as que chamo de evoluídas.

2011 foi um ano no mínimo “revolucionário”, coisas diferentes aconteceram, umas excelentes outras nem tanto. Descobri muita coisa e honestamente não estava preparado pra isso, perdi muita coisa que não queria perder, algumas por 2 vezes até.Não posso negar que o saldo foi positivo,não é todo dia que se forma uma nova família[...] Essa tem sobrenome Planneza,que  também virou um título de nobreza .


Voltando as descobertas, a parte que me incomoda bastante, não poderia deixar de falar do conformismo. Essa palavra parece que gruda na alma tento tirar isso de mim, sempre sem glórias aparentes. É irritante uma simples desconfiança abalar toda sua estrutura emocional!Tenho que melhorar, eu sei, mas estou buscando a plenitude que me falta.

A música “Vai”, deixa bem claro que eu não sou muito bom é buscar referencias uma trilha legal pra se chegar. Às vezes faço como na música: ”Não lembro mais por quem vai viver”, hoje estou respondendo o “quem será você?” É como eu digo: conformismo mata!O problema é que não sei como bater de frente com as leis da natureza. Tudo tem começo meio e fim.
E mesmo se eu cantasse todas as canções do mundo [...] Sou bicho do mato
  E se você quiser alguém pra ser só seu, é só não se esquecer estarei aqui.”

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Travessia

Ontem, após quase 3 meses longe dos palcos, voltei! Estava na hora de vencer o nervosismo e, de certa forma, o medo de voltar a tocar sem uma banda me acompanhando. A última vez que me apresentei apenas com um violão, acho que nem podia votar ainda, sempre fui acostumado a encarar a noite acompanhado por um time de amigos.

Tolice minha! O fato de estar com um violão encarando o público com as “luzes acessas” não restringe de forma alguma a interação com os amigos. A noite de ontem foi cercada de surpresas, acho que as pessoas esquecem que eu tenho o coração mole, se eu chorasse seria minha perdição, pois gravei algumas das canções que lá toquei. Eu gostaria de saber o nome de todas as pessoas que estavam presente, a sintonia era clara! E muita coisa, ainda assim, passava despercebida. Ontem toquei uma música cuja letra é do Poeta Piauiense Torquato Neto, depois fiquei sabendo que uma prima legítima dele estava presente e ficou, de certa forma, emocionada.

Ganhei muitos presentes, o melhor de todos foi voltar aos palcos com meu amigo, irmão e produtor, Luiz Duailibe. Há tempos nós não tocávamos com tanta alegria. Alegria essa proporcionada pelo nosso grande camarada Robson Coelho. O convite feito desde sempre foi irrecusável, e depois daquela noite então... Desde já aviso que ontem surgiram novas parcerias! Depois darei mais detalhes, ainda é cedo para especulações.

Definiria minha atuação como satisfatória, a atmosfera era de tranqüilidade, me senti muito a vontade pra tocar, toquei de tudo um pouco, brinquei, dividi microfone com outros artistas (talentosíssimos por sinal), foi leve [...] tudo muito leve, as pessoas queriam me ouvir, e eu alucinado pra tocar, me deleitei. Dona Lúcia, a aniversariante, fez um pedido especial: Toca A Hard day’s night! O mesmo pedido se repetiu acho que por 3 vezes […] E toquei sempre como se nunca tivesse tocando antes, foi um presente […] mal sabe ela que foi um presente pra mim também, pois é a música dos Beatles que mais gosto de tocar.

Nostalgia a parte, não poderia deixar de agradecer às pessoas que não estavam lá, mas, que ao longo do tempo que estive “parado”, me ajudaram a ter força pra continuar [...] algumas delas não serão citadas por motivos de segurança (kkk) não quero que ninguém enfarte ao ver seu nome aqui, mas vocês foram tão importantes quanto: João Andrade, Viviane Luiza, Emanuel de Souza, Isabelly Menezes, Fernando Henrique, Hérica Letícia, Ingred Sampaio, Maykon Weasley, Aníbal Coelho, Ana Perticarrari, Pablo Micael, Douglas Cruz, Lourdilene Brito, Marylia Milanês, Rafael Oliveira, minha FAMÍLIA linda e claro, você...


"Deus dá o frio conforme o cobertor."

domingo, 18 de dezembro de 2011

Uns Poemas

Não serei o cantor de uma mulher, de uma história.
Não direi suspiros ao anoitecer, a paisagem vista na janela.
Não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida.
Não fugirei para ilhas nem serei raptado por serafins.
O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes,
A vida presente.”

Sábias as palavras de Carlos Drummond de Andrade, foi assim que comecei a me apaixonar por poemas. Nas aulas de literatura do professor Adriano Lobão, via a personificação da poesia, ele declamava com sentimentos, com conhecimento de causa [...] grande conhecedor de arte. Virei fã, mas minha falta de conteúdo não me permitiria ir mais além. E mesmo assim, até onde fui... Aprendi muito.

Participei uma vez até de uma feira de profissões, o grupo dele falava sobre fotografia, não poderia perder esse oportunidade de aprender além dos livros. Depois descobri uma de suas obras, não sei se já foi publicada, e me encantei com o título: ”Uns Poemas”. Simples e verdadeiro.

Descobri uma melodia legal no violão e vi que era a chance perfeita de fazer uma letra poética, foi um grande desafio [...] viajei, me vi perdido em poemas e mais poemas. Carlos Drummond de Andrade e Fernando Pessoa me guiaram e compus 75% da música, só que acreditava inocentemente que ela já estava pronta, e passei a tocá-la sempre que podia. Enganei-me.

Faltava, um verso, uma estrofe [...] não saia nada! Pedi ajuda, e logo ela veio. A parte que faltava, nasceu. Adaptei a melodia e pronto, estava feito a música. Virou unanimidade, todos gostam dessa bela canção, até eu (Morgana entende quando falo até eu). O interessante é que logo depois, minha banda veio a tocá-la ao vivo em varias ocasiões, e a receptividade do público era legal. Faltou a gente tocar ela no show do hospital Areolino de Abreu [...] Sim, tocamos lá e fui super legal! ”A galera pirou.”

Hoje essa banda não existe mais, tempos bons. Tempos de aprendizado, de descobertas e de amor ao próximo, mesmo ele não estando tão próximo assim. No dia do meu aniversário fizeram um plano pra me distrair enquanto organizavam minha festinha surpresa. Bateram no meu ponto franco, levaram-me para o mirante da Ponte estaiada e lá percebi que talvez eu nunca grave ou ao menos registre uma das minhas melhores músicas. Mas vou lutar até o fim.

Não poderia chegar aqui, e deixar tudo as entrelinhas. O título da música e “Uns Poemas”, e uma referência e homenagem a quem abriu minha mente para literatura e a arte de um modo geral, Um salve a Adriano Lobão! A parte que faltava simplesmente não nasceu! Foi escrita, e como muita destreza, por Bruna Leite. Obrigado pela enorme colaboração, inspiração. Sou um sortudo.

E Carlos disse:

Entre eles, considere a enorme realidade.
O presente é tão grande, não nos afastemos.
Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.”

sábado, 17 de dezembro de 2011

Coração de Pimenta

[...] Depois de dois anos ouvindo somente Beatles e derivados, em algum momento eu teria que externar toda essa nova bagagem cultural, eu só não espera algo tão singelo e ao mesmo tempo tão duradouro.

Coração de Pimenta era pra ser uma grande brincadeira, a letra toda se desenvolve com mensagens subliminares sobre os Beatles. Vozes estranhas fazem a melodia principal, e a cereja do bolo foi minha rouquidão no dia da gravação. Grande parte dos instrumentos foi gravada simultaneamente. As guitarras e o baixo são assinados por Luiz Duailibe, juntando tudo temos a maior surpresa que já tive em termos de composições.

A música simplesmente se espalhou de uma forma muito legal, e tomou forma principalmente no CCN. Colegas passando para colegas, e abracadabra: Toca a música pimenta! No começo eu tinha até receio de passar essa música para as pessoas, e alguém me pedir pra tocá-la foi, no mínimo, inesperado. As pessoas hoje gostam até da minha forma de contar o tempo antes da música começar, pimenta muito camarada essa.

Não posso ser hipócrita e dizer que tudo é inocência, a letra é curta mais é rica [...] em alfinetadas claro. Perco a métrica, mas não perco a chance de falar o que penso. A música não é tão clara assim quanto as outras, mas, quem viveu a fase junto comigo, hoje ri da pureza de quem ouve e principalmente de quem nunca a ouviu. Ser submisso é isso, dar margem para as pessoas te dizerem o que fazer, tem gente que deixa de se amar, deixa se enganar e ainda assim não acerta o alvo.

Eu acertei, não tem 15 dias que estava com meus amigos na Planeza, um santuário que apareceu na minha vida. Tive uma noite perfeita, amigos me cercavam, e eu tentava retribuir com meu afeto, pois sei que nem sempre sou carinhoso. Legal mesmo foi ver minha rede ser furtada, prontamente, furtei a rede de outra pessoa [...] a hora da soneca também foi uma hora muito feliz, inspiradora eu diria, até porque não gosto de números ímpares.

No dia seguinte fui o primeiro a acordar, pensei: Que maravilha, acordarei todos ao som de um violão. Comecei a tocar, apostando que estava polemizando, mas, vem o golpe final. Comecei a ouvir minha voz distante, fiquei sem entender (novidade, neh?!) e esperei ver o que realmente era aquilo.

O som foi aumentando, e identifico um celular, era o despertador tocando. Segurei a emoção, sim emoção mesmo [...]. Só quem passa pela situação sabe! Pessoas, acordando diariamente com uma música minha, fico sem palavras, pois não sou o maior dos otimistas, não acreditaria se alguém me falasse que isso iria acontecer um dia. Aconteceu, e agradeço a Deus por escrever certo por linhas tortas.

A humildade é a base de tudo. Te desejo toda a sorte que quero pra mim!

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Rock do fusca

[...] Gritaram lá de cima que o rock errou? Não sabem da missa um rosário. Viva a Planneza [...]


De uma canção despretensiosa a uma tarde inesquecível. Quem poderia imaginar que Pedro Segundo, mais precisamente o Museu da Roça em peso, iria curtir o clima daquela tarde ao som de Rock do Fusca... Foi lindo olhar ao meu redor e ver pessoas ensaiando uns passos de iê iê iê. Dali em diante vi que a parceria Neto Villa-Rica & Luiz Duailibe romperia  barreiras. Claro que tínhamos a companhia de grandes amigos naquele dia... Isso ajuda muito... Na verdade é só isso que importa, ficar alegre só de sentir a alegria de quem a gente gosta.

A letra simples e a batida marcante passaram a moldar aquela viagem. Claro, não foi o suficiente pra evitar metade das confusões, mas e daí? Isso é o rock [...]. Aprontamos, teve gente que até fugiu de casa, gente que quis virar papagaio, mas o poleiro não agradou a todos. Lembro que nunca ri tanto numa viagem, nunca fiz uma viagem tão arriscada [...] e no que apostei, perdi, mas depois a recompensa foi grande.

Saí no lucro, dessa vez não teve carta de despejo, não teve choro nem vela. Sufoquei uma galera, acho que mudaram os conceitos sobre mim! Mas é melhor que quebrar um bar e apanhar até a morte... Mas eu te falei que isso não presta, você não me ouviu e quis vir chorar. Chora, baby, minha memória é perfeita, lembro de tudo com riqueza e detalhes. Dessa vez você perdeu.

Ahh, eu ganhei fãs, sim me dou o direito de dizer que tenho admiradores [...] o Villa-Rica tem fãs que conhecem e cantam as músicas e, mais do que isso, sabem da existência de músicas que nem ele mesmo lembrava. Ontem, fiz algo que há tempos não fazia, ainda mais de forma tão espontânea: toquei ao telefone! A confiança e a vontade de tocar foram tão grandes que músicas que considero proibidas tiveram sua alforria.

Rock do Fusca é disparado a minha música mais alto astral, diária até que para os padrões da época, alegre demais. O problema não é falar de amor, isso é fundamental... Lennon e McCartney que não me deixem mentir! Mas, está na hora de resgatar a alegria... Rock é isso. Eu sei que ando longe de ser um roqueiro, tenho muito que aprender e ouvir ainda... Mas sei que 90% do que escuto, contra minha vontade, só joga as pessoas num mar de depressão. Cadê a força de vontade?

 Acordei! Que venha agora o Rock da Alquimia! Esse vai misturar tudo, estou com rascunhos prontos, falta só uma palavra chave pra acorrentar letra & música. Espero voltar em Pedro II e ter algo parecido com o que vivi nesse último festival de inverno. Confusões, brigas, fraturas, troca de olhares, especulações, ouvir histórias antigas, roubar uma direção. Só que dessa vez acontecerá uma invasão, quero todo mundo lá! Pois quem é da turma da Planneza sabe que a noite sempre será o que nós fizermos dela.


Ouça Rock do Fusca

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

É Problema Seu

“A verdade é que todo mundo vai te machucar, você só tem que escolher por quem vale à pena sofrer.”
         (Ayrton Senna)


                                                                                                 
Hoje é um dia diferente, estou começando a resgatar minha experiência e jogando a tristeza pra lá. Nada mais justo começar essa nova fase com um pensamento daquele que chamo de herói, Ayrton Senna. Ele que nos deixou tão cedo, e ao mesmo tempo, ricos de esperança. Com certeza seria a pessoa ideal para abrir um consultório com “Morgana”. Iriam me ajudar e, de quebra, dominar o mundo.

Quando escrevi “É problema seu”, estava pondo em prática meu único “dom”, o de imaginar cenas, ruídos e até mesmo tons de vozes. O engraçado, é que tudo que imaginei naquela tarde aplica-se no que vivo hoje. Mandei embora esse papo de talvez, parei de tentar adivinhar as coisas e me preocupar com o absurdo, até mesmo no que diz respeito à vida de quem já admirei.

É claro que se eu me preocupar, eu danço, se eu te odiar, eu canso [...] Ai é de matar! Vou levar a vida agora conforme li numa entrevista do maior poeta do rock nacional, Renato Russo: "Se você ama alguém, dê liberdade, porque se ela te ama, ela volta. Se não voltar compra um rifle, pega, mata e come!" Esqueci o quanto eu sou novo pra brincar de novela da Globo, tava absorvendo dramas, pensando besteira [...] resumindo, não posso ficar só em casa.

Estou abarrotado de trabalho, shows marcados, amigos pra ver e dar um abraço apertado, e eu querendo passar o tempo fugindo sem parar para pensar em soluções, contradições, que nada, já tava virando “É problema meu”. Na música, eu sou direto, não brinco em serviço, falo tudo que tenho pra dizer. Comecei a fazer isso, acho que doeu em quem era pra doer, não fico feliz por isso, só que também não sou porta treco pra guardar tudo quanto é de besteira que vejo, e ainda mais sem ganhar um troco.

Mal soube “você” que agora a banda toca outras músicas, músicas que um dia odiei e que você tem como parte de sua vida, nunca é tarde pra desistir (kkk) [...] Poeticamente, tudo isso não tem valor, entretanto, no naturalismo em que vivemos hoje [...] Ao tocar a sua pele pode te fazer sangrar, isso “É Problema seu?”

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Dona Flor!

Ahh [...] Dona Flor, perdi as contas de quantas vezes usei essa expressão nos últimos tempos, sucesso pra mim e você, Flor. Você já é uma figura notável. Eu disse notável! Evite qualquer tipo de rimas para o seu próprio bem.

Era domingo de sol violento em Teresina, só para variar um pouco, e eu tinha que extravasar, tinha que falar, "cuspir, jogar pra fora". Eletricidade nem pensar, gravar o que eu já tinha produzido então, fora de cogitação. No meu ritual lento, porém produtivo, fui tomar aquele banho, isso com uma melodia e algumas palavras na ponta da língua.

Minutos depois, recebo uma visita muito especial no quarto, visita que chamo de “a fonte”. A partir daquele momento, palavras surgem, frases são feitas e Nasce “Dona Flor” e o conceito de vingança saudável? Não sei, fica pra Madame Morgana responder isso. É fato consumado, disse o que queria dizer, fiz muita gente rir com isso, pois, ao lado de Coração de Pimenta, é minha música mais popular (ainda bem que você não ouve minhas músicas). Em Dona Flor, tudo se faz nítido. Não parece que foi Neto Villa-Rica que escreveu, e não foi! Agradeço a Domingos Neto por me presentear com essa bela musica.

A importância conceitual da música se faz presente, uma vez que não tem amor, não tem saudade, não tem tempo... Se existe maldade? Não da minha parte (kkk), eu apenas narro um história onde a personagem principal tinha um aquário, e ela faz uma pequena rachadura, a água vai embora. -Ei, os peixes estão lá dentro! [...] Mas agora ela cria gatos.

Dona Flor não era só maldade, mas o peso castiga, as correntes fazem marcas, e quando se pode fugir deixando tudo isso pra trás, o alívio é imediato. E quando eu pergunto onde foi que você se escondeu? Eu digo: Por que ser Dona Flor depois que acaba o “filme”? Poderia ter pedido desculpas antes de abrir a porta.

Não poderia deixar de mencionar, a parte onde peço pra me deixar mudar, mas isso não é com você Dona Flor, estou falando diretamente com o Neto, que essa noite já dormiu, e agradece a você que está tão longe, e às vezes tão perto, que puxa minhas orelhas com palavras de sabedoria, com amizade e sem vacilo. Hoje, eu acordei mais cedo, está frio, tudo diferente do dia que criei você, Dona Flor, e que tudo parece fácil quando se faz. Dona Flor, você não quis tentar! Mas a cada música nova, a cada madrugada legal tento ser uma pessoa melhor, não sou personagem [...].

P.s: Resgatei a palavra saudade do meu dicionário.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Parece mudar


“Esqueça as suas promessas não cumpridas, apague da sua memória suas feridas e viva agora o que você acha que pode viver”

Esse é um trecho bastante representativo de uma música que parecia ter sido feita pra “Você”, Parece Mudar foi feita já tem quase seis meses e só hoje descobri que todos os recados contidos nela são pra mim.

A fase não era nada boa naquele dia, parece que eu estava prevendo tudo o que aconteceria nos dias atuais, feridas não cicatrizadas, a busca pela simetria dos atos, a tentativa de autocontrole, e um coração partido. Já era fato que a distância pareceria mudar, mas o brilho dos olhos que praticamente grito na música, infelizmente não era meu.
Daquele dia em diante botei na cabeça que tinha um compromisso com a verdade, passei a ser severo demais comigo mesmo, passei a ser intolerante. Por muito tempo tive algo que julgava ser meu equilíbrio, mas sentimento não se força, ai chega o momento crucial: A felicidade passa a ser a parte pequena da vida.

Vendo pelo lado poético da coisa, essa mesma música me ajudaria a conquistar bens preciosos, como um sentimento que hoje chamo de “força”, a legal é que a força sabe bem como romper barreiras, quando se menos espera ela chega e me empurra pra viver agora  o que eu acho que posso viver, minha luta agora é simples, viver o que eu acho que sou capaz de viver.
Parece mudar foi um presente, na minha vida, e tem a participação de um irmão em sua elaboração, gravei sozinho... Tamanha a pressa em mostrar pra “você”, mas não era pra rir... Muito menos, me fazer chorar.

Gravado por: Neto Villa-Rica
Composição: Neto Villa-Rica & Luiz Duailibe


segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Em Órbita

As palavras, ao contrário do que muita gente pensa, tem vida sim! E eu diria que elas são como planetas que pouco se conhece, mas que possuem informações importantes que desvendaremos um dia...

Palavras possuem suas órbitas, organizando-as no tempo e no espaço, o que torna inevitável não falarmos da sua energia. Energia essa, que se transforma literalmente nas minhas músicas. Parece que quando eu as reorganizo em forma de verso, mudo o equilíbrio das coisas, surgindo à lei que rege meu processo de composição: ao fazer uma música, inexplicavelmente ganho um desafeto.

Foi sempre assim, desde os primórdios. Com a primeira música, com a primeira declaração em forma de música, e vejam bem, as letras falam de amor. Eu sei que dizem que falar de amor não é amar, mas mesmo assim ainda não vi essa regra ser quebrada, o que explica o fato do ano de 2008 eu só ter feito 3 músicas, fiz 3 músicas semana passada... Não me refiro a qualidade, mas  ao medo de escrever por conta disso.

Pensei, a culpa é do lirismo! Não vou falar mais de sentimentos... Surgem músicas como: Coração de Pimenta, É problema seu, Rock do Fusca, Dona Flor e, por último, Madame Morgana. Eu logo disse: agora vai, acabou o que era piegas, não tem mais motivos para o sobrenatural agir (kkk), até porque dificilmente farei músicas novamente tão boas quanto essas tenho que me conformar... Logo, aproveito ao máximo todas elas.

O detalhe, é que todas elas falam de personagens, alguns fictícios, outros bem reais. Que nada, tudo mentira! Essa é a teoria. Todos são reais e provocaram as mesmas reações das músicas que por tempos compus. E o mais estranho foi saber que os personagens, na maioria dos casos, resumiam a mim mesmo, de certa forma... Porque eu sei do baixo apelo popular das minhas músicas, então, por mais que sejam direcionadas a terceiros, elas remetem sempre a minha pessoa... O resultado é que nunca vi uma fase tão negativa quanto nos últimos tempos. Olha a energia se transformando, e o que é pior, se renovando no sentido inverso.

Tá bom, eu preciso de calma eu sei... Mas isso só será possível quando eu descobrir uma forma de vida em que a harmonia predomine, onde eu não incomode as palavras, mas a minha mente não se escreve mais em linha reta.

domingo, 11 de dezembro de 2011

Tempo & Sorte

Como uma criança sempre quis saber... Afinal, estarei fazendo as mesmas coisas daqui a um ano, dois dias... Estou fazendo algo ainda?

Hoje acordei e fui pro meu quarto tentar escrever algo... E lembrei-me da primeira música que compus... O engraçado que já se passaram 5 anos e ela ainda diz muito sobre mim... Contradições, medo, tempo e sorte... Meus temas nunca mudaram, podem ter outras formas agora, mas eu ainda acredito em amor... E felicidade (tentei negar isso pra mim nesses últimos tempos)... Mas eu sou assim.

Falando em Tempo e Sorte, essa é o nome de uma música que fiz recentemente, dia 21 de outubro de 2011, mais precisamente... Dia chuvoso em Teresina, dia que mudaria muita coisa na minha vida... Mudou mesmo, agora não acredito mais em milagres... Acredito que saudade, carência, afeto, amor, tempo, amigos e sorte, muita sorte... São as palavras-chaves da minha vida... E que falar é tudo q eu sei fazer (não digo que faço bem feito) eu falo e falo e falo... 

Mas fico mudo ao saber que as canções que eu fiz na vida, e digo até mesmo antes de saber que iria fazê-las e conhecê-las, são pra você. E quem será você, de quem será você? Espero que não seja a felicidade, porque nisso eu me contradigo... Ela é sim, às vezes, a parte pequena da vida!

Mas não vou esquecer... Que eu sou eu mesmo ainda... Não igual a 5 anos... Pra chegar a tal ponto preciso da inocência de volta... E quem perde a inocência perde o brilho... Perder: outra palavra-chave... Mas isso é outra história nada romântica...


Prazer, Neto Villa-Rica.